quinta-feira, 19 de abril de 2012

Quando um grande amor vai embora...

É uma dor insana e intermitente quando um grande amor vai embora. Não importa quem é e nem de que forma. Pode ser um parceiro que se separou, pode ser alguém importante que morreu, um filho que foi morar em outro país... São tantas maneiras em que pode perder...

As separações são temas freqüentes na busca de ajuda, são gatilhos para que pensemos que há muito dentro de nós que precisa ser revisto. Quando é necessário "tocar a vida pra frente" aparece a necessidade de se reinventar e neste contexto a sensação de estar perdido é quase inevitável.

Recolher os cacos, rever os momentos, guardar na lembrança cenas que se repetem, reviver traumas... Tudo fica muito aflorado num contexto em que alguém que ocupava um lugar muito especial (e às vezes insubstituível) vai embora e deixa uma gigantesca lacuna. Fica um vazio onde muitas coisas afloram: sentimentos diversos, cenas, necessidades.  Toda dor aguda necessita ser acolhida, o vazio grita para ser preenchido, mas como?

A psicoterapia pode ser muito útil na reorganização de si e na identificação de tantas situações confusas. A energia amorosa que estava depositada na relação com aquela pessoa fica desligada, perdida e necessita ser reintegrada dentro da gente mais uma vez. O acolhimento e a criação de um espaço interno para permitir um novo começo pode ser conquistado em uma relação onde se pode ser apenas o que se é de verdade.

Se as perdas são difíceis, perder a si mesmo é ainda mais complicado. Escute-se, conheça-se e a psicoterapia pode ajudar (vide postagem anterior sobre a escuta) .

Tenha um bom dia.

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