quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Prazer e a Dor

Pensei hoje antes de descrever sobre este casamento: quando o prazer a dor encontram-se casados dentro de alguém é quase impossível separa-los e pensamos "até que a morte os separe"...

Há situações que acontecem que são totalmente desprazerozas, que causam "depressão" ( não a patologia, mas o estado de ânimo deprimido) e não se consegue entender porquê é tão difícil "sair deste estado", há uma sensação interna de simplesmente não conseguir se livrar do desespero, da tristeza, da situação incômoda... Não há o que fazer... Muitas vezes, ao analisar, nos deparamos com um desejo quase insano de querer sair do sofrimento e ao mesmo tempo não querer. Todos que cercam a pessoa não entendem, a própria pessoa não entende.

Como acontece isto? Como pode ser? Por que será que alguém pode "gostar de sofrer"?

No consultório é possível "ver" com uma lente de aumento. Na medida em que alguém se questiona, se revela, se pensa e se percebe, se toca de uma maneira especial e profunda, encontra dentro de si um espaço para pensar nestas insanidades, de sentir suas causas, de respeitar seus próprios sentimentos, de encontrar seus significados. O terapeuta contempla, se sente tocado... Mais um aprendizado.

Desfusionar a dor e o prazer é muito complicado porque há uma intensidade absurda, um "latejamento" afetivo que faz a vida interna pulsar, mesmo que a vida externa se atrapalhe... Impossível julgar, há que sentir primeiramente, deixar fluir as indefinições típicas de nossas loucuras humanas e permitir-se acessar o inacessível. Será que é possível querer?

As respostas são completamente individuais. Que bela aventura é um ser humano! Amar no belo e no agradável, integrado é fácil... Amar na loucura é um enorme desafio. Fica o convite... Você quer?

Tenha um bom dia!

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